terça-feira, 17 de julho de 2012

Por que o alvo é Marconi Perillo?

"Precisando, portanto, um príncipe, de saber utilizar bem o animal, deve tomar como exemplo a raposa e o leão: pois o leão não é capaz de se defender das armadilhas, assim como a raposa não sabe defender-se dos lobos."  - Niccolo Machiavelli

Antes de mais nada, quero deixar claro que, a julgar por tudo que tem aparecido na mídia e na blogosfera até o momento, envolvendo o nome do Governador de Goiás, Marconi Perillo, eu sigo confiando na idoneidade do referido cidadão. Algo bem diferente do que ocorreu com o Demóstenes Torres, em que as evidências divulgadas pelos grampos da Polícia Federal, e as próprias declarações do agora ex-Senador punham a nu não só sua ligação quase umbilical com o contraventor, mas sua total incapacidade de dar uma versão verossímil aos fatos ali mostrados. Demóstenes foi uma punhalada nas costas da oposição ao Estado lulopetista, e como tal, foi lançado às feras sem dó por seus pares - e por mim. E pela opinião pública em geral, independente de viés ideológico. Acho a sua cassação mais do que justa. 

Mas o caso do Marconi é bem diferente. Esclareço.

Em primeiro lugar, não é segredo para ninguém que Marconi Perillo foi escolhido como fulcro de uma tentativa do lulopetismo de atingir de morte as bases da Oposição. Como é público e notório (e tratarei disso em outro post) o PT se encontra numa campanha sem quartel objetivando o extermínio, puro e simples, de qualquer forma de oposição estruturada ao regime cleptocrata instaurado no Brasil desde 2003. Na busca desse objetivo, nada mais natural que o petismo buscasse os pontos fracos do seu inimigo, o PSDB. Nos grotões do Brasil que ainda chafurda no século XX, onde o coronelismo sempre foi a lei, o PT já fincou suas raízes, amparado pelo clientelismo mais descarado de que se tem notícia desde a era Vargas. O nordeste brasileiro é "fava contada" aos olhos do petismo (daí sua indignação com os vôos cada vez mais altos do expoente-mor do PSB, Eduardo Campos). Resta o Brasil que "puxa a carroça", onde a situação é bem diferente. São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Goiás... praticamente 3/4 do PIB segue fora das garras do petismo.  E a situação parece longe de mudar a favor do PT, dada a rejeição que os eleitores destes estados, geralmente de perfil educacional mais elevado, nutrem pelo partido. O PT não possui nomes de expressão no âmbito estadual em nenhum desses estados. Os que ainda sonhavam com maior projeção acabaram mesmo nas páginas policiais, por vícios tipicamente petistas. Restou a opção do ataque, da corrosão artificial de imagem, da difamação dos adversários, atualmente no poder nesses lugares. Ora, se ficasse provado que o maior partido da oposição também se encontra eivado de corruptos, isso tiraria da oposição sua maior arma contra o petismo: a bandeira da decência e da moralidade no trato da coisa pública. E assim o PT procedeu. Atacou o Fernando Henrique Cardoso e José Serra em São Paulo, através do apoio a uma publicação caluniosa. Já havia tentado fazer isso anteriormente, comprando dossiês fajutos, tendo sido abortada a tentativa pela prisão de seus realizadores (mas não dos idealizadores, infelizmente). Atacou Álvaro Dias no Paraná. Atacou Aécio Neves em Minas, com acusações que iam da injúria à pilhéria. Não obteve êxito. E então o PT voltou os olhos cobiçosos para Goiás. Os manda-chuvas do partido esperaram uma brecha conveniente. E ela veio na figura de Demóstenes Torres, um dos pilares de resistência contra o petismo. Esse pilar ruiu, por seus próprios erros e mentiras. E ele era "da turma do Marconi". Eureka! Era o que o PT mais esperava! No caso do Marconi, ainda havia um gostinho especial: ele é desafeto pessoal do Grande Líder do petismo, o Lula em pessoa, porque tinha sido um dos que denunciara o crime que ficou conhecido como Mensalão (e não se arrependera disso, diferentemente de Eduardo Paes, que de algoz passou a colega, num dos movimentos políticos mais oportunistas e rasteiros da história recente). E o petismo embarcou nessa nau com fogo nas ventas e sangue no olhar. Desvirtuaram totalmente a CPMI criada para investigar o esquema criminoso do contraventor Carlinhos Cachoeira, em todas suas ramificações, e  transformaram-na em "CPI do Marconi", cujo objetivo declarado era e segue sendo crucificar o governador goiano. Para os governistas da CPMI, que são folgada maioria na comissão, todo o resto, a verdadeira podridão que representa a autuação da Delta Engenharia em todas as esferas do governo, não tem a mínima importância. Aliás, é de bom alvitre que se esqueça a Delta, pois o rastilho pode muito bem dando em lugares indesejáveis, como o PAC. O negócio é "pegar o Marconi", e dar os trabalhos por encerrados o quanto antes. Nesse mister, pouco importa a consistência das acusações, ou das insinuações. Pouco importam os FATOS. De nada adianta o Governador ir lá, de peito aberto e tez serena, e mostrar que nada teme, porque nada deve. Cada ilação feita por membros petistas da CPMI, como o fraquíssimo relator, Odair Cunha, cai num vazio de provas total. Os petistas prontamente mudam de curso e buscam outra porta para atingir o governador. O depoimento do jornalista Bordoni foi emblemático: saudado como "homem-bomba" ao descrever um suposto esquema de pagamento de seus serviços com dinheiro "sujo" oriundo da Delta/Cachoeira, acabou desmoralizado pela incoerência óbvia entre declarações e atos. O PT deixou o depoimento à deriva, e partiu para outro rumo, sempre com o objetivo central na mira: encurralar Marconi Perillo.

Em segundo lugar, não é segredo que a CPMI foi e segue sendo uma cortina de fumaça para a Ação Penal 470, conhecida como "Processo do Mensalão", ora em julgamento no Supremo Tribunal Federal. O PT e seus líderes, quase todos réus no processo, estão em pânico com as implicações do julgamento, ainda mais num ano eleitoral. Já tentaram de tudo: empurrar a análise do processo para as calendas, a tentativa canhestra de cassar um dos juízes da Corte (cujo voto ninguém conhece, mas se especula à vera),  a imbecil caracterização de uma provável condenação como "política", e de uma cada vez mais difícil absolvição como "técnica", e até mesmo a mobilização das "massas" para irem às ruas em caso de desfecho desfavorável aos réus. A cada dia surge um novo subterfúgio, uma nova ideia. A mais recente é a "defesa Macarrão", na qual um dos acusados admite que foi o único responsável pela maracutaia, cuja existência, por sinal, ele nega de forma veemente. Trata-se de um caso delirante de "não aconteceu, mas se aconteceu, fui eu". Pouco importa que Lula tenha pedido desculpas publicamente pela "traição" de seus parceiros. Pouco importa que um dos acusados, do PT, tenha reconhecido seus erros e se submetido a prestar serviços comunitários pelo mau-feito. Agora, a palavra de ordem é: "o Mensalão foi uma criação de Carlinhos Cachoeira e da Veja, para derrubar o Lula.". Como a probabilidade dessa lorota colar é baixíssima, tem-se o cenário alternativo: na pior das hipóteses, com a CPMI "fisgando" um expoente do PSDB, o risco político nas eleições municipais de 2012 fica diluído, e a oposição perde uma arma letal para as pretensões "hegemônicas" do lulopetismo: a moralidade pública. Para o cidadão comum, é bem capaz de valer o conceito de que "é tudo farinha do mesmo saco" e, nesse caso, as sujeiras petistas não se destacariam  na paisagem de devassidão geral. "Sou, mas quem não é?" é o mote da hora. 

Então, pelo exposto acima, fica claro que existe, sim, uma campanha política e midiática, engendrada nos porões do petismo, para destruir Marconi Perillo e com isso abrir um flanco vulnerável em toda a oposição no Brasil. Mas fica a pergunta: tirando essa agenda oculta, até onde vai a inocência real do Governador? Olhando de relance, o caso é complicado mesmo, ainda mais com as gravações fora de contexto vazadas seletivamente pela Polícia Federal, interpretadas ao bel-prazer dos candidatos a algoz de Marconi. Vamos ver o que existe de concreto nesse emaranhado todo:

1) O esquema Cachoeira-integrantes do governo de Goiás


O contraventor Carlinhos Cachoeira infiltrou pessoas cooptadas por ele, em diversos escalões do governo goiano. Em outros casos, seguiu o caminho inverso, e cooptou pessoas que já faziam parte do governo. Isso é fato. Desde a chefe de gabinete, Eliane Pinheiro, passando por assessores e políticos amigos do governador, como Wladimir Garcez (PSDB), havia forte presença de tentáculos do Cachoeira no âmbito do governo goiano. Não se sabe se a atuação dessa pessoas serviria para atender às necessidades próprias de Carlinhos Cachoeira, ligadas ao jogo ilegal no Estado, ou se iam além, intermediando interesses da empreiteira Delta nas suas relações com o governo. É possível que houvesse as duas interações. A pergunta que fica é: o governador fazia parte desse esquema? A meu ver, nada aponta para isso. Em primeiro lugar, a ausência de contatos diretos entre Perillo e Cachoeira. Ora, a julgar pelo volume caudaloso de gravações telefônicas entre o contraventor e outros expoentes da política goiana, eles não tinham o menor receio de estarem sendo grampeados. Por que Marconi pensaria diferente? Mas entre as milhares de gravações da Polícia Federal só existe UM contato direto entre o governador e o bicheiro: um protocolar voto de feliz aniversário, algo que todo político faz diariamente com uma gama imensa de eleitores. Fora esse, nada. Por que? 

O que parece mais factível, é que Carlinhos Cachoeira, por si e em nome de quem era seu sócio-financiador, fez um trabalho minuncioso de penetração no governo goiano. Não conseguiu estabelecer uma ligação direta com o governador, mas teve sucesso em ir "pelas beiradas", cooptando pessoas ligadas ao Perillo, e com poder decisório no governo. Isso confere ao governador o estigma de desonesto? A meu ver, um categórico NÃO. Mas o submete, sim, ao indesejável papel de ingênuo e até tolo, sobre o que falarei adiante.

2) A venda da casa de Marconi Perillo. 


O que se sabe? Que Marconi Perillo colocou sua casa à venda, em janeiro de 2011. Fato. Que a anunciou. Fato. Que o valor de mercado da casa, dadas suas características e localização , girava ao redor de R$ 1,5 milhão. Fato. Que a casa foi vendida e a escritura foi passada para o nome do Walter Santiago, dono da Faculdade Padrão, de Goiânia. Fato. Que Marconi recebeu o pagamento, no valor de R$ 1,4 milhão, em 3 cheques pre-datados, compensou os cheques nas datas combinadas e declarou o valor da venda à Receita Federal. Fato. O imbróglio poderia ter parado aí. Afinal, qualquer um que tenha feito uma transação imobiliária sabe que o ônus de provar desimpedimento ou condição legal para a venda é do vendedor, não do comprador. Mas há outras considerações a fazer, e que suscitaram as dúvidas na CPMI, exaustivamente exploradas pelo interesse partidário do PT. Vamos a elas.  1) A venda da casa havia sido tratada com o Marconi, pelo "interessado" na casa, o vereador Wladimir Garcez.  Fato, confirmado tanto por Garcez como por Marconi. 2) Garcez desistiu da compra, alegando que não tinha recursos para efetivá-la. Fato. 3) Garcez, embora tenha desistido da casa, arrumou um comprador para ela, no caso, o Walter Santiago. E resolveu ganhar comissão sobre a venda, no valor de R$ 100 mil. Fato. 4) Walter Santiago não pagou em cheque, mas em dinheiro vivo. Pagou no gabinete de Marconi, não diretamente a ele, mas a um preposto dele. Fato. 5) Antes de passar à posse do Walter Santiago, a casa foi emprestada ao Carlinhos Cachoeira e sua esposa Andressa, por alguns meses. Esse empréstimo não foi feita por Marconi, mas pelo comprador, atendendo a um pedido de Wladimir Garcez. Carlinhos Cachoeira foi preso no endereço. Fato. 6) Os cheques que serviram para pagar a compra da casa foram emitidos por um sobrinho de Cachoeira, sacados sobre uma conta abastecida por uma das empresas fantasma operadas pela Delta Construções, que operava em conjunto com o Cachoeira. Fato.


Em cima destes fatos, foi urdida uma trama digna de novela, invariavelmente apontando para a acusação de que Marconi Perillo teria vendido sua casa, de fato, para Carlinhos Cachoeira. E procurado ocultar esse fato "desabonador" usando os serviços de um "laranja", no caso, o Walter Santiago. A partir daí, a especulação corre livre: Marconi estaria no "esquema" da Delta, sendo a casa a moeda de troca para as falcatruas a ele atribuídas. Os néscios acreditam nisso sem sequer se dar ao trabalho de pensar. Afinal, é uma história que vai ao encontro dos seus anseios. O problema é que a história não "fecha", se explicada dessa forma oportunista. E não resiste a uma análise simples: 1) O que impediria Marconi Perillo de vender a casa diretamente a Carlinhos Cachoeira, caso assim desejasse? É perfeitamente lícito vender um bem para qualquer pessoa que possua um mísero CPF, e desde que não haja lesão ao fisco (declaração de valor diversa da real), crime de lavagem de dinheiro ou conflito de interesse (a venda para a Delta poderia, em tese, se configurar dessa forma, caso o valor fosse muito diferente do valor de mercado, o que não foi o caso). Marconi não teria nenhum problema em dizer que vendeu a casa ao contraventor, de peito aberto. Não existe antecedente de um vendedor se preocupar com a reputação de quem lhe compra um bem, e sim o contrário. Ao vendedor, interessa saber se o cheque tem fundos, e só. 2) Não houve enriquecimento de parte a parte. Ninguém "levou vantagem" na transação, a não ser o intermediário, o Wladimir Garcez, que aparentemente comprou a prazo e vendeu à vista, e ainda levou uma comissão. Como poderia haver um "favorecimento" de Perillo pelo grupo Cachoeira/Delta, se a casa foi vendida pelo valor de mercado? Onde está a "propina"? Assim, é perfeitamente possível imaginar um cenário muitíssimo mais verossímil para a "novela" da casa do governador: Wladimir Garcez sabia do interesse de Perillo em vender a casa. E sabia do interesse de Andressa, esposa do Cachoeira, em morar lá, ainda que provisoriamente, enquanto não adquiria uma casa ainda maior. Ele buscou e achou um outro interessado na casa, o Walter Santiago. E aí costurou as pontas todas: se ofereceu para comprar a casa, depois disse que não tinha os recursos, mas que arrumaria outro comprador. Fechou o negócio com Santiago, na condição do empréstimo da casa por alguns meses. Vislumbrou a possibilidade de ganhar uma bela comissão, e de quebra agradar seus "dois chefes" (Marconi e Cachoeira). Para fechar o negócio com Marconi, pediu cheques pré-datados a Cachoeira (que cobriu esses cheques com recursos da Delta), e quando compensou o último cheque, providenciou a escritura para o Santiago. Que foi lá no palácio e pagou a casa à vista, acreditando que esse dinheiro ia direto para Perillo. Evidentemente o dinheiro teve outro destino, pode ter sido até devolvido, via Cachoeira, à Delta (ou não, isso não importa).  Do ponto de vista do Santiago, ele comprou e recebeu uma casa. Já o Cachoeira conseguiu um teto para a esposa, enquanto não arrumava coisa melhor. O Garcez faturou sua comissão, e fez acontecer um negócio bom para todo mundo, o que lhe conferia certo prestígio de lado a lado. E o Marconi?  Do ponto de vista do governador, ele vendeu uma casa, recebeu 3 cheques, não se deu ao trabalho de saber de quem eram (eu também não me daria a esse trabalho), assinou a escritura de compra e venda, declarou a venda à Receita Federal, usou os recursos da forma que achou melhor, e deu o assunto por encerrado. Onde cabe, nisso tudo, uma eventual má-fé do Marconi Perillo? Em lugar nenhum.


3) Os contratos da Delta em Goiás.


Gravações da Polícia Federal divulgadas recentemente mostram diversas conversas entre Carlinhos Cachoeira, Wladimir Garcez e Claudio Abreu (diretor da Delta), fazendo referência à venda da casa. Paralelamente, falam de créditos da Delta junto ao governo de Goiás, e de suas tratativas para a liberação destes recursos. Aos olhos dos algozes de Marconi Perillo, um prato cheio: o governador estaria "condicionando" o pagamento das faturas à propina representada pela venda da casa. As ilações estapafúrdias se sucedem num ritmo assombroso, como por exemplo a menção de um "ágio" de R$ 500 mil cobrado pelo Perillo. Ninguém explica a que se refere, exatamente, esse suposto ágio, nem quem a cobrou ou pagou. Mas os acusadores de sempre não estão interessados nos fatos: querem apenas apontar dedos, e deixar que os acusados se virem para explicar versões sobre os quais não tem sequer conhecimento. Como o Perillo poderia cobrar "ágio" num bem que era seu? Cobrar de quem? Como? Marconi afirma que recebeu R$ 1,4 milhão pela casa. Santiago afiram que pagou R$ 1,4 milhão. Onde está o ágio? Só se Santiago pagou mais do que os R$ 1,4 milhão declarados, mas aí não é problema do Marconi, e sim de quem recebeu este valor a mais. O Marconi sequer recebeu o valor pago pelo Santiago, em dinheiro! Em segundo lugar, não houve qualquer favorecimento à Delta, no caso dos pagamentos mensais dos contratos vigentes desde o governo anterior.  Marconi procurou manter os pagamentos em dia, assim como fez com todos, com muito esforço, dado a situação calamitosa de tesouro que herdou do seu antecessor. É normal que em pagamentos do governo, mesmo os pontuais, hajam atrasos, de origem burocrática. A Delta vinha recebendo normalmente, uma parcela mensal de R$ 3,2 milhões, referente à locação de veículos à Polícia Militar do Estado, desde o início do governo Marconi. Por que teria que "subornar" o governador para ter em dia aquilo que já tinha? Mas é perfeitamente natural que um empreiteiro se mostre preocupado com os valores que tem a receber e sua agilização, e que fale disso para seus contatos no governo. Qual o governante ou administrador que já não tenha sido "lembrado" por empreiteiros de que há uma fatura em atraso? Tentar estabelecer uma relação desse tipo de coisa com uma "remuneração" ao governador através da compra da casa dele, é fantasioso demais. Ainda se a casa tivesse sido vendida por valor muito superior ao de mercado, poder-se-ia imaginar algo do gênero. Não foi o caso. 


Nisso tudo, o máximo que se pode acusar o governador Marconi Perillo, é de dois pecados que, embora banais ao cidadão comum, podem ser fatais ao político, ainda mais cercado de inimigos: a excessiva confiança em seus subordinados e "amigos" e uma certa falta de malícia (no bom sentido) na condução de seus negócios particulares, enquanto governador de Estado. Tratarei disso em outro post.  De fato, o governador poderia muito bem fazer a releitura de "O Príncipe" de Maquiavel, e tirar dali lições preciosas. Ou, se quiser ganhar tempo, basta prestar atenção no que escreveu Voltaire: "Que Deus me proteja dos meus amigos. Dos inimigos cuido eu!"




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