domingo, 31 de janeiro de 2016



E Lula, quem diria, virou índio...



Aos poucos, os milicianos disfarçados de blogueiros vão rendendo-se ao que parece inevitável: Lula será, em algum momento, denunciado formalmente por crimes que vão desde a corrupção passiva, lavagem de dinheiro até tráfico de influência. Blogueiros habitantes da esgotosfera a serviço do petismo já dão como favas contadas a instauração de inquérito, denúncia e eventual prisão do chefe supremo do petismo. Hoje, Lula está na mira de nada menos de três esferas judiciais, no caso, a Operação Lava-Jato, a Operação Zelotes e uma investigação do Ministério Público de São Paulo. Cabe notar que o apedeuta não goza de nenhum tipo de "vantagem legal" por ser ex-presidente - ele pode ser investigado sem autorização do STJ ou STF, e pode ser denunciado por qualquer instância do Poder Judiciário, como qualquer cidadão comum suspeito de crimes. O que vai determinar o foro da investigação e do julgamento é a natureza dos delitos, e não algum foro privilegiado do suposto autor. Assim, caso o MPF do Paraná avaliar que os indícios contra o ex-presidente são suficientes para formalizar denúncia, poderá fazê-lo - e Lula será julgado, na primeira instância, pelo Juiz Sérgio Moro. O mesmo se aplica no caso da Operação Zelotes. Óbvio que nesses casos, a palavra final sobre a denúncia caberá a Rodrigo Janot, como Procurador-Geral da República (e chefe do MPF). Já no caso da investigação paulista, o Procurador Geral da República não tem ingerência alguma: o caso é da alçada do Estado de São Paulo, local onde os possíveis crimes de ocultação de patrimônio e lavagem de dinheiro teriam ocorrido. 

Feito as forças aliadas no apagar das luzes do III Reich, as forças da Lei fazem um movimento de pinça, colhendo evidências, depoimentos e provas que embasem um ataque final contra o "bunker" daquele que se proclama "santo", a alma viva "mais honesta do país". Quem chegará primeiro? Os próximos dias dirão. A cada dia, surgem mais evidências de que Lula (e seus filhos) mentiram e seguem mentindo quanto à sua fortuna pessoal e os meios pelos quais ela foi adquirida. Aos blogueiros amestrados, restam tentativas cada vez mais esquálidas de afirmar que não é nada disso, que o sítio de Atibaia é de um amigo (mesmo tendo sido todo reformado a pedido de Lula, conforme a delação de Leo Pinheiro, ex-chefão da OAS), que o triplex nunca foi de Lula e Marisa, que os negócios milionários dos filhos de Lula são verossímeis, e por aí vai.

Dentre as postagens mais patéticas que se vêem por aí, chama a atenção uma, de autoria de Paulo Moreira Leite, com o título auto-explicativo de  "A importância de defender Luiz Inácio Lula da Silva". Estão ali bobagens estúpidas como tentar vincular a Operação Lava-Jato ao surgimento imaginário de um "Estado Policial" que só existe na cabeça do autor, e mentiras descaradas como afirmar que "centenas de milhares de pessoas foram às ruas em 16 de dezembro para denunciar uma tentativa de golpe contra Dilma Rousseff" (esclarecendo: "centenas de milhares", na língua portuguesa escorreita, significa "duas ou mais centenas de milhares", ou, numericamente, um mínimo de 200 mil pessoas. Nem mesmo os petistas mais afoitos se atreveram a alegar que passaram de 100 mil pessoas em todo Brasil que compareceram à manifestação pelega do dia 16 de dezembro). Outra frase tenta culpar a operação Lava-Jato pelas mazelas econômicas brasileiras, causando um "pesadelo social" que dizimou "empregos, salários, crédito e perspectiva".  E emenda: "Mais do que prender políticos e empresários acusados de corrupção, a operação desmontou um modelo que produziu crescimento e distribuição de renda". Sim: vocês leram direito. O "jornalista" escreveu isso. Nós, os brasileiros dotados de córtex cerebral, concordamos com isso - mas só em parte. De fato, o "modelo" vigente antes da Operação Lava-Jato produziu, de fato, crescimento. Os saldos das contas bancárias de gente como Pedro Barusco, Nestor Cerveró e Renato Duque cresceram que foi uma barbaridade. Os petistas de alta patente envolvidos, como José Dirceu e João Vaccari Neto, também não tem do que se queixar. Quanto à distribuição de renda, ora, claro que houve! Do dinheiro a mais que você, brasileiro, pagou em cada litro de gasolina, por causa da ineficiência e roubalheira na Petrobras, uma parte foi "distribuída" para essas pessoas, e para irrigar os cofres do PT, para que esse partido tivesse recursos para se manter no poder e assim garantir a continuidade do "modelo" citado por Moreira Leite.

O jornalista segue com seu rosário de besteirol, citando a criação, na região de São Bernardo, "com o apoio do prefeito Luiz Marinho", de um comitê cuja função principal será a "defesa do Lula". Duas perguntas: Primeiro, como pretendem fazer isso? e segundo, quem vai bancar o comitê? A Prefeitura de São Bernardo? O Sindicato dos Metalúrgicos? Em ambos os casos, me parece ilegal. Não é função de prefeituras bancar comitês de apoio a determinadas pessoas. Nem de Sindicatos. 

Por aí se vê o grau de desespero a que essa gente chegou. Agora dizem que "defender Lula" é sinônimo de "defender a Democracia". Ou seja, quaisquer que sejam os crimes cometidos pelo Apedeuta, ele já está "perdoado" aos olhos dessa gente. "O que é um tríplex no Guarujá e um sítio em Atibaia, para um homem que tirou o Brasil da miséria?" Esse é o pensamento desses gigantes morais. Lula devia ser declarado inimputável. Seria o primeiro dogma da religião petista para o Brasil: "Lula reina acima do bem e do mal. Sendo mais honesto que todos os outros brasileiros, por definição, ele não se sujeita a juízos de simples seres mortais.". Lula, o Ungido. 

Cá entre nós, acho complicado. O caminho mais fácil seria mesmo o Lula fazer uma busca genealógica, e descobrir que na verdade, o Babalorixá de Banânia é ... um índio. Talvez um Kapinawá, etnia que habitava onde hoje é Pernambuco. Sendo índio, Lula passa à jurisdição da Funai, e se torna inimputável - mas não inelegível. Luiz Inácio Lula Kapinawá da Silva. Que tal?

Ou então, uma saída menos glamurosa, mas que já foi sugerida (sério!) por um desses blogueiro chapa-branca, há alguns meses: Dilma deveria nomear Lula ministro de alguma coisa. Qualquer coisa. Talvez o Ministério da Justiça lhe caia bem. De quebra, ele passa a ser chefe daquele japonês irritante, e o PT ainda se livra do Cardozo. Que tal? Ministro, Lula acaba com as pretensões do Dr. Sérgio Moro, ganha status de "foro privilegiado", só pode ser denunciado por Rodrigo Janot em pessoa e a denúncia será acolhida por, digamos, Lewandowski. Ou Barroso. Olha que doçura.

Mas... espera... e a família? Os filhos Fábio e Luiz Claúdio estão encalacrados também! Melhor dar um Ministério para cada um. Lulinha recebe o Ministério das Comunicações, já que ele tem seus contatos na Oi, e Luiz Cláudio o Ministério dos Esportes, que é a área de expertise dele. Não esqueçam da Dona Marisa - libera o Ministério da Defesa pra ela.

Ou esse cargo já está prometido para a Rosemary Noronha?

sábado, 30 de janeiro de 2016

Pinóquio Jr.

Lembram daquela tal consultoria fabulosa (no sentido amplo do termo) que o filho caçula de Lula, o Luiz Claudio, fez para a Marcondes & Mautoni? Acho que já falei dela aqui no blog. O moço, cujo currículo contém apenas esse trabalho (até então exercia a nobre função de auxiliar técnico de times de futebol), recebeu a bagatela de R$ 2,5 milhões do tal escritório de lobby que defendia os interesses da CAOA (representante Hyundai no Brasil), junto ao Ministério de Indústria e Comércio no governo Lula, em busca da renovação de uma Medida Provisória que garantia benefícios fiscais à empresa. Lógico que Lula renovou os benefícios, não é?

Convidado a explicar na Polícia Federal o que fizera para justificar o pagamento tão generoso, o rapaz afirmou que era o pagamento por trabalhos de consultoria (fico impressionado como essa gente presta consultoria a torto e direito!) na área de marketing esportivo. Solicitado a produzir uma cópia de tal trabalho monumental, o caçula de Lula primeiro tergiversou. Enrolou, pediu um prazo, o calhamaço não estava com ele.... e depois de alguns dias entregou os alfarrábios todos. Um trabalho rastaquera, visivelmente montado e compilado às pressas, inclusive com farto material copiado da Wikipedia. Questionado a respeito, defendeu a qualidade da obra, pela qual um escritório de lobby sem qualquer interesse no ramo esportivo, e cujos sócios estão presos acusados de uma série de crimes investigados na Operação Zelotes, pagou módicos dois milhões e quinhentos mil reais.

Bem, até aí morreu o Neves, como se dizia antigamente. Acredita quem quiser. A Polícia Federal e o Ministério Público Federal parece que não caíram na história. A investigação prossegue.

E hoje, deu na Folha de São Paulo: intimado a entregar o tal relatório em formato digital, o "consultor" alega que "não possui versão digital" do valioso trabalho.

Agora... vem cá. Alguém já ouviu falar de um trabalho de consultoria, por mais chinfrim que seja, digamos, um plano de negócios para um carrinho de cachorro-quente, e que não possui versão em computador? Sem arquivos em Word, planilhas em Excel, uns gráficos em Powerpoint? Zero? Nadica de nádegas? Sem possibilidade de atualização, sem chance de trocar variáveis, de entrar com novos dados?

Isso, como dizia aquele padre que era (ou é) um cético atroz, "non ezizte".

Fico aqui imaginando o trabalhão que deu, em alguma madrugada dessas, procurar coisas no Google, botar na tela, dar print screen, pegar na impressora e grampear, de forma a parecer um "trabalho".

Você, leitor, tem duas opções a fazer. Pode acreditar que o filho do Lula fez esse trabalho e foi pago por ele, tudo nos conformes, ou pode acreditar que ele seja, a exemplo do progenitor, um mentiroso.

Em face do relatado acima, faça a opção lógica.

domingo, 24 de janeiro de 2016



"Quem deixou essa Elba na frente do meu triplex?"


Uma das minhas diversões prediletas, principalmente num domingo carrancudo como hoje, é passear pelos blogs apelidados de "sujos", também conhecidos como a "esgotosfera". Via de regra, são blogs compostos por 90% do mais puro puxasaquismo pró-PT, mais uns 10% de mágoa de "jornalistas" que foram sendo defenestrados, ao longo dos anos, das publicações ditas "de primeira linha" como a Veja, Globo, e outras. Junta-se a vassalagem petista com um recalque contra o ex-patrão, e está feita a receita para um blog no estilo de "Diário do Centro do Mundo" (quanta pretensão!!!) ou Brasil 247. É fácil saber quem são esses blogueiros de nariz marrom: basta ver o grupo de pessoas em volta da mesa à frente da qual Lula concedeu mais uma de suas "entrevistas", esses dias. Eu já tive um maravilhoso cão da raça Cocker Spaniel. Sabe aquele olhar lânguido que o bichinho faz, ao pedir colo ao dono? Pois aquela gente me lembrou disso, vejam só. 

Então, quando quero desopilar o fígado, vou lá num desses blogs ler o que a turma dos blogueiros amestrados anda escrevendo. Leio também os comentários dos leitores, que são humor em estado bruto. De vez em quando comento também, geralmente acerca da qualidade intelectual de uns e outros. É divertido! Como no célebre ditado inglês, "Sticks and stones may break my bones, but words will never harm me" dos tempos pré-bullying no colégio americano, eu me acabo de rir com a profusão de xingamentos toscos que se seguem às minhas intervenções. Uns são realmente patéticos, dignos de encaminhamento psicológico, principalmente quando se metem a juntar palavras e contestar, de forma primária, as minhas ponderações. Outros são mais honestos na sua sabujice mentecapta: mandam logo pra aquele lugar e pronto. Risos à vontade.

Uma das facetas mais interessantes desses blogs sujos, no entanto, é o fato que de certa forma, eles refletem o viés do pensamento das lideranças do PT, naquele momento. Sim, porque é tolice imaginar que um sujeito cuja opinião é "livre como um táxi" vá ter idéias próprias. Não... essa gente segue ordens. O caso do ataque a Eduardo Cunha foi sintomático: quando o presidente da Câmara ainda não havia decidido aceitar o pedido de impeachment da Dilma, os blogs ficaram todos na moita, aguardando ordens. Uns até defendiam o parlamentar, enquanto havia a possibilidade de uma "acordão" para salvar a pele de todo mundo. No exato instante em que Cunha aceitou e encaminhou o pedido, as ordens vieram e os blogs "progressistas" (sigo sem entender esse termo...) caíram de pau em cima do deputado - o que nem acho ruim. Mas acho estranho que eles não façam o mesmo com relação a Renan Calheiros, que tem mais acusações contra ele do que Cunha, e segue queridinho do petismo e de seus bate-paus na esgotosfera. Ou em relação a Collor, já que estamos falando disso. Pensando bem, nem acho estranho. Acho asqueroso, porém esperado, em se tratando de PT. Essa gente desconhece a tal da "vergonha na cara".

O que me leva ao assunto do título. O imbróglio do famoso tríplex da família Silva na praia das Astúrias, no Guarujá, não é novo. Os valores envolvidos na transação, as reformas executadas pela OAS, que assumiu a obra depois da quebra da Bancoop, nada disso é novidade. A negativa peremptória de "São" Lula quanto à propriedade, também não. 

Acontece que o Ministério Público não dorme no ponto, como se diz. As investigações prosseguiram, e segundo o promotor Cassio Conserino, do MP-SP, foi amplamente evidenciado que o apartamento pertence, de fato, a Lula e dona Marisa Letícia. Por mais que o casal alegue que era proprietário de uma "cota" que dava direito a adquirir um imóvel no prédio, e não do tríplex em si, as investigações mostram o contrário. Ninguém vistoria regularmente uma cota. Ninguém escolhe porcelanato do piso de uma cota. Ninguém escolhe armários embutidos de uma cozinha planejada de uma cota. Ninguém recebe as chaves de uma cota. Segundo as investigações, tudo isso foi feito por dona Marisa, escoltada muitas vezes por seu filho Fábio (aquele, do zoológico, lembram?). As evidências são tantas que o promotor adiantou que já possui elementos para abrir um inquérito e denunciar Lula por ocultação de patrimônio.

Pois bem... agora ficou difícil ao ex-presidente seguir negando que seja de fato dono do imóvel. Mas... qual o problema? Ocultar patrimônio é crime? Sim, mormente se esse patrimônio foi adquirido mediante ilícito penal, conforme a Lei 9.613. Mas a simples ocultação de um bem é crime "menor", e vou mais longe: milhões de brasileiros o praticam, a cada vez que "esquecem" de declarar ao Fisco algo que adquiriram durante o ano. Paga-se uma multa e estamos conversados. Lula possui renda mais do que suficiente para justificar a compra do triplex, afinal, como ele mesmo afirmou, é o "conferencista mais bem pago do mundo" (acredite quem quiser...). Mesmo no valor de mercado, cerca de 2,5 milhões de reais, o ex-presidente poderia pagar sem se abalar nem entrar no cheque especial. 

Isso posto, entra o texto do blogueiro Paulo Nogueira, no já mencionado blog "Diário do Centro do Mundo" (risos incontidos), feito hoje, 24 de janeiro de 2016. Nela, o blogueiro chapa-branca muda o tom do discurso. No lugar das veementes negativas quanto à propriedade do imóvel, o moço resolveu entrar na onda do "sou, e daí?". E partiu para esculhambar o apê do chefe. Primeiro, fala abertamente em "triplex do Lula", sem contestar, dessa feita, a propriedade do imóvel. Em seguida, tripudia: "É apenas um apartamento de menos de 300m2, menor do que a sala do Roberto Civita na Editora Abril". Em seguida, resolve atacar de promotor da moralidade pública: "Ocultação de patrimônio foi o que a Abril fez ao vender 30% do controle acionário da editora aos sul-africanos da Nasper". Não acusa diretamente. Não denuncia nada. Mas insinua, algo tão ao gosto da turma goebbeliana do petismo, já constatado em tantas outras ocasiões. Se duvidam, basta ler o livro do Romeu Tuma Junior. A isso se dá o nome de silogismo tosco. Pura cortina de fumaça, para desviar o foco do principal. 

Ora, ilusão imaginar que Paulo Nogueira se atrevesse a admitir que de fato o triplex pertence ao casal Silva, sem o beneplácito do chefe, não é? O que se conclui é que Lula, que possivelmente será denunciado no decorrer da semana que começa, se prepara para o inevitável: confessar que é mesmo o dono do famoso tríplex do Guarujá. O apedeuta talvez julgue que "dos males o menor": admite que comprou, sim, e esqueceu de declarar, até porque a OAS, dona escritural do imóvel, não lhe passara a escritura. Um engano inocente, diria.

Resta saber se Lula pensou bem nas consequências de admitir ser o dono do apêzinho de menos de 300m2. Porque a reforma custou quase um milhão de reais, incluindo aí a instalação de um elevador privativo para os três andares. E quem pagou essa conta? A construtora OAS, talvez a mais encalacrada na operação Lava-Jato. E que reformou também, a pedido de Lula, um sítio em Atibaia, igualmente em nome de terceiros. Vai ficar difícil para o "Santo" manter sua postulação ao lugar do Todo-Poderoso. Já não poderá se gabar de ser a alma viva mais honesta do mundo...

Ou seja... estacionaram uma Fiat Elba, enferrujada, em frente ao suntuoso prédio onde Lula e família iriam passar os feriados. E é possível que outra Elba esteja apodrecendo em frente ao portão do sítio em Atibaia.  Quantas Elbas surgirão, no fim das investigações da Lava-Jato? Só Deus sabe. Deus, o Todo-Poderoso. O Lula, que de todo-poderoso não tem nada, também sabe. Mas não conta. O Ministério Público vai ter que se virar sozinho. Torço por eles.

A pedra cantada


Quem já jogou bingo, numa dessa quermesses da vida, conhece as regras. Um cidadão fica lá girando aquela gaiolinha com as "pedras" ou melhor, as bolinhas com os números. A cada número que sai, ele grita o respectivo, ou "canta a pedra". E o povo vai marcando suas cartelas. Lá pelas tantas, um berra "Bingo!" de algum canto, indicando que há um vencedor. 

Há dias, publicou-se na imprensa, nas redes sociais e nos blogs a serviço do petismo uma tal "Carta Aberta dos Advogados", com virulentas críticas a tudo e todos que tenham alguma relação com a Operação Lava-Jato. A carta, eivada de um besteirol que beira o ridículo, tal como comparar os trabalhos de investigação levados a cabo pela Polícia Federal, pelo Ministério Público Federal e sob a responsabilidade do Juiz Sérgio Moro, com os Autos da Fé da Inquisição, foi assinada por 104 advogados. Há dúvidas até sobre esse número, uma vez que Gilson Dipp, ex-ministro do STJ e cujo nome consta na carta, afirmou que jamais assinou algo parecido. 

Nem vou me alongar no teor da carta. Outros, como Reinaldo Azevedo e Augusto Nunes, já fizeram isso com maestria, mostrando o absurdo das alegações ali contidas. Outras perguntas se fazem mais importantes, creio. Quem coordenou a elaboração da carta? Quem a redigiu? Existem interesses ali que ultrapassam a boa intenção da preservação dos direitos civis e liberdades democráticas, e adentram o campo do mais reles corporativismo e "jus esperneandi"? Quem pagou a publicação nos principais jornais do país? Essas perguntas ficaram sem resposta - até agora. Mas era possível vislumbrar as feições dos mentores, através da cortina de fumaça que tentaram criar para tornar a carta uma "desinteressada ode ao Estado de Direito" e um libelo contra o rigor "inquisitorial" de Sérgio Moro. Alguns nomes se destacaram na lista dos signatários. O "Kakay" está lá, óbvio. Entre outros advogados dos réus. Hummm... sei não. Isso ficou parecendo uma tentativa de advogados espertos e regiamente pagos, para intimidar o poder judiciário, colocar a opinião pública, hoje totalmente a favor dos trabalhos da força-tarefa e de Moro, contra a Lava-Jato. Não que a Justiça Federal ou o Ministério Público precisem da "chancela" da população. A Justiça deve prosperar independente de opinião pública ou paixões partidárias, respaldada tão-somente na Lei. Mas convenhamos, se Sérgio Moro, os procuradores e policiais federais lá do Paraná não tivessem apoio do povo, teriam chegado onde chegaram? Duvido muito. Suas ações já teriam sido cerceadas por Ministros do STF que parecem advogar mais para o PT do que para a Justiça. Aquelas quatro palavrinhas omitidas do Regimento da Câmara dos Deputados que o digam. A voz das ruas é rouca, muitas vezes difícil de traduzir, mas hoje, soa bem alto o clamor contra a privatização criminosa da Petrobras por um partido político e seus áulicos. Quem terá coragem de encomendar uma pizza nesse cenário? O Brasil está quebrado, o governo tem como único programa de governo se manter no poder, o desemprego explode, a recessão virou depressão, e  aquela gente sai, lépida e faceira, a gastar os bilhões que roubou do contribuinte? Nem a pau, Juvenal.

Essas perguntas citadas acima, referentes à tal "Carta", me vieram à mente logo que ela apareceu na mídia. Qual a origem daquele amontoado de besteiras? A Associação de Juízes Federais não se preocupou com esse detalhe: destruiu a carta na sua essência. Mas a pergunta permanecia: de onde surgiu aquele monstrengo?

Hoje, finalmente, aflorou a verdade. A tal "Carta Aberta" intimidatória foi redigida por obra e graça do escritório de Nabor Bulhões. E quem é Nabor Bulhões? Um dos advogados mais conceituados do país, cujos honorários eu nem me atrevo a adivinhar, e que hoje tem entre seus clientes um certo Marcelo Odebrecht, executivo do grupo Odebrecht, e que está preso em Curitiba por ordem do Juiz Sérgio Moro. Segundo uma dezena de fontes da Folha de São Paulo, subscritores da carta, o advogado teria sido chamado de incompetente pelo patriarca da Odebrecht, Emílio Odebrecht, por não ter conseguido a liberdade de seu cliente junto ao Presidente do STF, Ricardo Lewandowsky (e nesse caso, em se tratando do Ministro Lewandowsky, eu tendo a concordar com o pai do Marcelo...). Marcelo teria se desesperado ao ver frustrada sua esperança de ganhar a liberdade, mesmo pagando uma das bancas de advocacia mais caras do país. Nabor Bulhões então articulou a carta, juntamente com o patriarca da empreiteira.

Questionado a respeito, Nabor Bulhões afirma que assinou a carta "como profissional do Direito, não como advogado do Marcelo". Como se fosse factível separar as duas coisas, não é?

Eu não tenho nada contra o "jus esperneandi". É parte da estratégia de defesa, do arsenal de recursos que todo advogado possui e que pode usar. Afinal, até hoje os advogados de José Dirceu, esse ser mais enrolado do que novelo de lã atacado por uma centena de gatos, alega que seu cliente é "preso político". Todo preso trancafiado numa penitenciária desse Brasil se dirá "injustiçado" - e essa opinião será respaldada por seu advogado. É algo normal e esperado.

Mas uma Carta Aberta, comparando os procedimentos da Operação Lava-Jato com as prisões da Ditadura? Comparar Sérgio Moro a Torquemada? E escrever isso, como se fosse um manifesto "dos advogados brasileiros"?  Tenha Santa paciência, doutor. Assuma que é berreiro de advogado inconformado, que a gente entende como tal. Mas não me venha falar como se representasse uma categoria, quando na verdade o senhor representa o seu cliente. Somente ele.

E nessa hora, eu grito BINGO! Porque essa "pedra" eu cantei, desde o início. 


sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

A virgem vestal


Há dias, Lula concedeu uma "entrevista". Coloco o termo entre aspas, para diferenciar daquilo que eu e 99% da população mundial entendemos por entrevista - sem aspas. No meu entender, quando uma personalidade pública concede uma entrevista, ele o faz de uma de duas maneiras: ou senta numa poltrona e responde às perguntas de um entrevistador, ou se posta à frente de um auditório repleto de gente e responde às perguntas da turma. Há exceções, lógico. Nicholás Maduro, Fidel Castro, Kim Jong-Un e outros gigantes da democracia não costumam agir desse modo "padrão". Eles preferem outro tipo de "entrevista" - agora com aspas - durante a qual respondem perguntas previamente combinadas, para "entrevistadores" igualmente escolhidos a dedo. O porquê de procederem dessa forma não é difícil de imaginar. Certas perguntas possuem mais poder explosivo do que as supostas bombas de hidrogênio norte-coreanas, não é? Há dois anos que jornalistas buscam perguntar a Lula qual era (ou é) a relação dele com uma certa Rosemary Noronha. E emendando, se ele sabe quem sustenta a moça e lhe paga os advogados, e porquê. Mas essas perguntas não "agregam valor ao camarote" na visão do apedeuta. Ele prefere perguntas mais ao estilo vôleibol: alguém levanta a bola para ele cortar. Jornalistas que honram o nome da profissão costumam não se prestar para essas coisas. E, afinal, se Lula não consegue andar pelas ruas sem levar sonora vaia, por que ele aceitaria algo pior que apupos: perguntas para os quais o famoso bordão lulista "eu não sabia de nada" fica muito difícil de emplacar?

Então o Babalorixá de Banânia copiou o estilo de seus mentores morais no que tange à democracia, e deu uma entrevista para um grupo de blogueiros que se autodenominam "progressistas". Em tempo: nunca entendi bem esse termo, quando aplicado a adeptos de uma ideologia velha como a fome, mofada, liberticida e sobretudo inepta na solução dos problemas de um país. Mas vá lá: eles se acham "progressistas" num narcisismo ideológico tacanho. Muito bem. Os ditos "progressistas" são os mesmos de sempre. Habitam sites como "Brasil247" e outros, onde destilam suas opiniões tão próprias de quem possui nariz marrom e quatro patas no chão. Nenhum deles, por óbvio, perguntaria sobre Rosemary Noronha. Um deles, por sinal, escreveu sobre o encontro, e defendeu a esdrúxula tese de que "entrevista boa é aquela em que o entrevistador fala, não onde os entrevistadores perguntam". Por aí já se detecta a grandeza moral dessa gente, não é?

Como seria de se esperar, Lula não se fez de rogado: reclamou. Reclamou muito. Se disse perseguido por todos, pela mídia (que ele chama de "monopolista" mesmo em plena era de internet e redes sociais, na qual qualquer um publica tudo que lhe der na veneta, e até o governo comanda uma rede de televisão - se ninguém assiste, o problema não é nosso...), pela Polícia Federal, pelo Ministério Público Federal, pela Justiça... ou seja, Lula é perseguido até pelo entregador de pizza, na visão dele. Todos os órgãos de Estado que cuidam do cumprimento das Leis o perseguem, por algum motivo. E todos, sem exceção, estão errados. Porque o homem soltou essa:

"Se tem uma coisa que eu me orgulho, neste país, é que não tem uma viva alma mais honesta do que eu. Nem dentro da Polícia Federal, nem dentro do Ministério Público, nem dentro da Igreja Católica, nem dentro da Igreja Evangélica. Pode ter igual, mas mais do que eu, duvido.” 

Bem... depois dessa, eu pego meu chapéu e vou pra casa. Porque Lula deixou claro que seu lugar não é em Brasília, esse antro de pixulecos e conchavos na calada da noite. Seu lugar é no Vaticano, na cadeira de São Pedro. Porque nem mesmo o atual Papa, Francisco, ousaria afirmar isso. Afinal, ele pode ter surrupiado uma bala num supermercado, na sua infância argentina. Já Lula, jamais. Ele é simplesmente o ser humano mais honesto que existe. A canonização é pouco. Talvez almeje o lugar Dele. Ou do Filho Dele. 

Eu confesso que sempre tive pé atrás com esse tipo de afirmação. O destino costuma ser ingrato com quem afirma isso. Sabe aquela pessoa que vive trombeteando aos quatro ventos a sua felicidade e fidelidade conjugal? Quanta gente já caiu nessa e amanheceu traído? O honesto dispensa se afirmar dessa forma. Prefere os atos. E deixa que os outros avaliem sua honestidade - ou a falta dela. Não sei se Lula é honesto ou não. Nunca vou saber se surrupiou uma bala no supermercado. Mas a Justiça do meu país vai, no seu devido tempo, mostrar se o que ele afirma é verdade ou não. Como dizem: nada como um dia após o outro. Mas posso pensar alto. E nesse pensamento, posso inferir que um homem que foge até das perguntas de jornalistas não cooptados, e que ao mesmo tempo se jacta de ser o homem mais honesto a habitar o planeta, ou é um mentiroso tosco, ou tem um sério problema psiquiátrico.

Ah, e por favor, nào me processe, Lula. Ser doente mental não é crime. É provável que eu esteja até te ajudando. Não sei se existe alguma síndrome de virgem vestal. Talvez você seja o primeiro. 

Quanto à Rosemary Noronha, as perguntas permanecem. Caso Lula seja candidato em 2018, quem sabe seus adversários possam, enfim, fazer-lhe essa e outras perguntas? 



segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Assim não Vale!

E o valor de mercado da Vale derrete.

Roger Agnelli deve estar às gargalhadas. Em 2011, depois de enfrentar e derrotar quase uma década de tentativas do lulopetismo de meter as garras na empresa que fez crescer e se consolidar como a líder mundial na produção de minério de ferro, o executivo (considerado pela Universidade de Harvard como o quarto melhor CEO do planeta, no nível de Bill Gates e Steve Jobs) finalmente foi demitido por Dilma. Agnelli era osso duro de roer. Demitiu diretores indicados por petistas de alta patente como José Dirceu, e resistia à insensatez petista de meter a Vale em aventuras demagógicas tais como montar siderúrgicas em grotões eleitorais. Ganhou o ódio de Lula. E o governo, embora não tivesse mais o controle acionário da Vale, tinha e tem poder junto aos fundos de pensão e Bradesco, que controlam a empresa. Saiu Agnelli, entrou um burocrata mais dócil aos interesses do PT, Murilo Ferreira. A Vale meteu a cara na siderurgia - ou tentou. Algumas usinas saíram do papel. Outras ficaram pelo caminho, inviabilizadas pelo mercado recessivo e competição oriental - algo previsto por Agnelli.

E agora, eis os resultados, em meros quatro anos.

O petismo possui o Toque de Midas do avesso: tudo que ele toca, vira merda.   

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Xeque-mate.... SQN...



Xeque-mate.... só que não...

E a operação Lava-Jato segue seu curso, lentamente navegando pela lama, não da Samarco, mas sim da escória da corrupção institucional que tomou conta do Brasil a partir de 2003. Não, eu não estou dizendo que o PT inventou a corrupção! Ela já existe, creio, desde que o homo sapiens entregou um naco de antílope ao chefe do bando rival, em troca da permissão para morar em alguma caverna. A história é pródiga em exemplos de corrupção, envolvendo desde xerifes a papas. Com o poder, costuma vir uma quase irresistível vontade de usá-lo - em benefício próprio. Mas a corrupção, de modo geral, é um delito cometido de forma subreptícia, discretamente, entre corruptor e corrompido, exceções feitas aos casos da Máfia e cartéis da droga, que associam a vontade de ficar rico com o desejo de permanecer vivo, afinal, nesses casos, quem recusa acaba morto. No Brasil do PT, a corrupção ganhou status institucional, quase uma política de Estado, ou ao menos de Governo. O sistema se retroalimenta, num moto-contínuo no qual favores são concedidos e remunerados, e essa remuneração é usada, ao menos em parte, para pagar o custo da manutenção do corrompido no Poder, garantindo a continuidade do processo. A outra parte... bem, a outra parte serve para enriquecer essa gente, de uma forma inacreditável. Mansões, apartamentos triplex, sítios, fazendas, barcos, aviões, carros de luxo... a maioria, convenientemente disfarçada sob títulos de propriedade de terceiros, "amigos". E, em alguns casos, uma parte do butim tem como finalidade calar a boca de alguns que "sabem demais", bem como pagar os honorários astronômicos de bancas de advocacia renomadas, com fama de intimidar, por sua própria notoriedade, até juízes, promotores e policiais.

Nem preciso dizer quem paga a conta, não é?

No entanto, por uma feliz coincidência (feliz para o Brasil, que fique bem claro), um certo processo acabou caindo nas mãos de um juiz honesto, lá do Paraná. E esse juiz teve a suprema sorte de conviver com uma equipe do Ministério Público igualmente honesta e, sobretudo, meticulosa e eficiente. Junto com esses, uma Polícia Federal eficaz e empenhada. Era uma combinação poderosa. O fio da meada de uma Operação Lava-Jato que, como o nome diz, começou com uma simples investigação de lavagem de dinheiro de um obscuro doleiro, engrossou, ganhou substância e acabou arrebentando o dique que segurava oculto um mar de lama que tomou o Brasil de norte a sul. O povo a tudo assiste, num misto de incredulidade e esperança.

Hoje, mais um capítulo foi escrito. Como num conto de terror de Stephen King, o capítulo não é estanque: possui ramificações, tentáculos que conectam essa parte da história com outras, ainda mais escabrosas.

Com a delação do ex-diretor internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, fecha-se um capítulo do escândalo do Petrolão chamado "Caso Schahin". Todas as pontas soltas do caso foram conectadas, os depoimentos de todos os envolvidos são consistentes e coerentes entre si. Vejamos qual foi a trama, quem foram seus protagonistas, e o que eles disseram em depoimento. As conclusões são óbvias.

Em 2006 o PT buscou um financiamento junto ao Banco Schahin, o braço financeiro do grupo de mesmo nome, que, coincidência ou não, possui interesses também na área petrolífera. O partido precisava de 12 milhões de reais. Segundo depoimentos, metade desse dinheiro era destinado a pagar uma chantagem de um empresário de transportes de Santo André (SP), que ameaçava envolver Lula e Gilberto Carvalho no assassinato do prefeito Celso Daniel (PT). Note-se que Celso Daniel estava disposto a revelar um vultoso esquema de achaque do PT contra empresários de transporte coletivo na cidade. O Banco Schahin emprestou o valor solicitado, mas não diretamente: fez o empréstimo ao "melhor amigo" do então presidente Lula, o pecuarista José Carlos Bumlai. Que repassou os valores ao PT, que por sua vez passou ao empresário-chantagista.
Tudo teria ficado por isso mesmo, mas ocorre que Bumlai, obviamente, não pagou a dívida (ele chegou a alegar que pagou com embriões de gado, uma desculpa tão esfarrapada que ele mesmo a abandonou posteriormente). Em 2009, a dívida já estava em cerca de 60 milhões de reais. E o grupo Schahin queria receber, lógico.

E então surgiu a oportunidade. O Brasil entrava na euforia do pré-sal, a perspectiva de um futuro regado a petrodólares. A Petrobras estava numa daquelas fases que os fornecedores chamam de "compradora", com planos de investimento superiores ao PIB de muitos países do terceiro mundo. Era pura festa. A Schahin mexeu os pauzinhos: acionou um lobista, Fernando Baiano, para conseguir um naco desse pote de ouro. A coisa acabou nas mãos de um tal Nestor Cerveró, então diretor internacional da Petrobras. Indicado pelo PT, lógico. Cerveró não se fez de rogado: assinou um arrendamento de um navio-sonda arranjado pela Schahin, o Victoria 10.000. O valor do contrato? US$ 1,6 bilhão. Tudo sem licitação, claro.

O Grupo Schahin ficou tão feliz com o contrato, que "perdoou" a dívida do Bumlai, digo, PT. E Lula ficou tão feliz com a atuação de Cerveró que o indicou para uma diretoria na Petrobras Distribuidora. Isso em 2008, quando a Diretoria Internacional da Petrobras já se encontrava sob fogo cerrado de uma CPI. A permanência de Cerveró no cargo era insustentável. Saiu Cerveró (não sem antes colaborar com a desastrada compra da refinaria de Pasadena, que rendeu mais alguns milhões aos corruptos), entrou Jorge Luiz Zelada, que, como se sabe agora, prosseguiu com as maracutaias existentes e hoje virou  delator. E Cerveró? Foi para a Petrobras Distribuidora, onde em 2011 foi empossado como Diretor Financeiro por... Dilma Rousseff. Só foi demitido em 2014, às vésperas de ser preso por Sergio Moro.

Quem afirma essas coisas todas?

O Banco Schahin confirma que emprestou o finheiro a Bumlai, para repasse ao PT. Confirma que jamais recebeu o dinheiro de volta, e que perdoou a dívida quando Cerveró, por ingerência de Bumlai e Fernando Baiano, contratou o navio-sonda da Schahin.

Bumlai confirma que tomou o empréstimo a pedido do PT, e que parte do valor foi remetido ao partido em Santo André.

Fernando Baiano confirma que atuou na intermediação da contratação do navio-sonda, bem como na transferência de Cerveró para a Petrobras Distribuidora.

Cerveró acaba de confirmar que atuou a mando do PT, e que Lula ficou tão feliz com o desfecho do caso que o indicou ao novo posto.

Ou seja, todos os implicados no caso contam a mesmíssima história. E nessa história, o nome recorrente como beneficiário final da tramóia  é... Luiz Inácio Lula da Silva. Que, como já afirmou Yousseff na sua delação, "sempre soube de tudo". Agora, os depoimentos vão mais longe: não só sabia, como foi parte atuante na trama.

Em face disso tudo, nada mais natural que houvesse um pedido de investigação ou mesmo indiciamento do ex-presidente. Afinal, o teor dos depoimentos é contundente! Não um nem dois: TODOS os depoentes são unânimes em apontar Lula como parte do esquema, feito para, entre outras coisas, tirar um chantagista do seu encalço.

Mas não há sequer um pedido de investigação. Nada.

Há algo de muito estranho nisso.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Olá, amigos!

A pedidos, vou voltar a escrever nesse espaço.

Me aguardem!

Abraços

Roland